
Você já sentiu que muitas vezes “a voz” do coração fala mais alto do que a lógica criada pela mente? Tenho certeza que em algum momento da sua vida você foi instruído pela inteligência do coração, todos nós já passamos por isso e podemos trazer vários exemplos à toda. Pois bem, hoje trago ao conhecimento de vocês que a ciência já apresenta estudos que comprova esta atitude que muitas vezes é caracterizada como “impulso” ou “irracional”.
O pesquisador e especialista em estresse, Doc Childre, fundador do Instituto HearthMath, junto com um grupo de pesquisadores, descobriu que o coração envia mais informações para o cérebro do que vice-versa e que o coração possui um campo magnético mensurável a uma distância de alguns metros do corpo. Em seus estudos Childre comprova que o coração pode tanto externalizar nossas emoções quanto ser influenciado pelas emoções alheias.
Como isso acontece?
Olhe que interessante: isso acontece quando uma pessoa se conecta a outra pelo toque físico ou até mesmo pela empatia. A atividade elétrica dos corações e cérebros dessas duas pessoas se interliga e passa a se comunicar. Podemos dizer que é uma comunicação magnética.
Nos ensinaram a obedecer o orgão errado
Pesquisas científicas constatam que o coração possui grande força e inteligência, podendo conter a chave para nos auxiliar na ruptura de um paradigma estabelecido por muitos e muitos anos, e que hoje não nos serve mais. Podemos refletir sobre o estilo de educação que recebemos dos nossos pais e como nossos pais foram criados pelos nossos avós: “Escute a voz da Razão”. Quantas vezes ouvimos isto? Quantas vezes fomos orientados à seguir a mente/razão/cérebro pois é "nela que a verdade e inteligência se encontra, é nela que está a grande orientação". Sob esta orientação severa que crescemos se destaca a autoridade da mente e anulação do coração. Porém, sabemos que não é de hoje que o mundo vem apresentando cenários e requer explicações a questões de alta complexidade e as respostas de antigamente não são mais adequadas, não fazem mais sentido. De tempos para cá as respostas dadas pelo meio exclusivo da inteligência lógica e linear da mente não são sustentáveis e o que era antes anulado, está sendo pesquisado. É o caso da pesquisa do casal americano John e Beatrice Lacey, do Fels Research Institute, onde eles identificaram que o coração possui um sistema nervoso diferente e independente do cérebro. O resultado: mais de 40 mil neurônios do coração são usados para a comunicação com os centros cerebrais relacionados à consciência, entre eles as amígdalas, o tálamo e o córtex cerebral. Também do Instituto HearthMath, Dr. Rollin McCraty esclarece:
“O coração contém neurônios e gânglios que têm a mesma função que as do cérebro, tais como a memória. É um fato anatômico. (…) O que as pessoas não sabem é que o coração envia mais informações ao cérebro do que o cérebro envia ao coração”, McCraty acrescentou, “Há um cérebro no coração, metaforicamente falando”.

Ou seja: podemos dizer fomos ensinados a obedecer à somente um órgão quando na verdade, existem dois cérebros em nosso corpo.
Um novo tempo tráz novas questões
A sociedade vem trazendo inúmeras questões sobre o sentir, as decisões que tomamos no dia-a- dia e processos psicológicos. Assim, informações como esta da Neurocardiologia – A Inteligência do Coração, tem vindo à tona nos últimos anos e Leonardo Boff, doutor em teologia pela Universidade de Munique, explica:
“Modernamente o afeto, o sentimento e a paixão (pathos) ganharam centralidade. Esse passo é hoje imperativo, pois somente com a razão (logos) não damos conta das graves crises por que passa a vida, a Humanidade e a Terra. A razão intelectual precisa integrar a inteligência emocional sem o que não construíremos uma realidade social integrada e de rosto humano. Não se chega ao coração do coração sem passar pelo afeto e pelo amor.”
Boff intesifica a importância de levarmos em conta a "voz do coração" nos tempos modernos uma vez que o caminhar do mundo se determina para “melhor” e mais “humana”: O caminho é o coração! Terry Eagleton, filósofo e crítico literário britânico, diz que:
“para ser razoável, para parecer autêntica, a razão tem que se basear em algo mais fundamental do que ela mesma. E a melhor coisa para baseá-la é o amor. Amor vai mais fundo do que a razão.”
A coerência do coração
Chegamos ao ponto alto onde entendemos que o amor é a linguagem universal do ser humano pois ela é a emanação energética principal transbordada do coração. Eis aqui o fim de um paradigma que antigamente era apoiado pela ciência que agora abre os braços para o estudo da Neurocardiologia: Inteligência do Coração e como ela opera no Ser Humano. Aprendemos melhor sinestesicamente através do “sentir” e não do “pensar”. “Sentir” é o nosso modus operandi natural, e não “pensar”. É por isso que dizemos: “Uma imagem vale mais que mil palavra”. Se formos mais longe na história, temos diversas evidências desta teoria. Aristóteles já previa a prevalência da inteligência do coração, quando disse que “Educar a mente sem educar o coração não é Educação”. A medicina tradicional chinesa sempre considerou o coração como centro da sabedoria: a mente sabe, o coração compreende. Com base nessa compreensão que devemos buscar um novo modelo de vida que sustente em longo prazo e que não coloque em risco a permanência nas gerações futuras. O jovem empresário, Lourenço Bustani, reconhecido como uma das pessoas mais criativas do mundo, afirma: “Não é com a mente, é com o coração. Se enxergarmos um mundo diferente, temos de construi-lo. É uma questão de coerência”. A palavra de ordem é esta: coerência. Coerência do Coração!
Você deve achar que Aristóteles é o único antigo citado neste artigo, pois pasme: o estudo de Doc Childre é de 1992 e do casal John e Beatrice Lacey é da década de 1970! Estamos falando de uma sabedoria milenar pedindo para que sigamos nossa real natureza e que está emergindo em tempos atuais pois vivemos um tempo de transformação planetária onde precisamos assumir nosso poder de mudança dos padrões antigos. Esta mudança acontece com a elevação da consciência mundial, com a abertura e aceitação da prática de ideias ainda não praticadas, com a mudança de uma infraestrutura antiga que pertence ao passado do Planeta. O melhor ainda está por vir, a transformação energética acontece agora. Grande abraço, sempre à disposição. Vanessa Queiroz.
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